Nos últimos meses, testemunhamos um debate controverso envolvendo as Práticas Integrativas de Saúde, tema de artigos publicados na coluna de ciência de um renomado jornal brasileiro. Infelizmente, em vez de promover um diálogo construtivo, os textos veiculados refletem desinformação, preconceito e uma postura que desvaloriza métodos reconhecidos mundialmente por instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Neste artigo, discutiremos como a desinformação ameaça práticas já consolidadas no cuidado à saúde, explorando a relevância das Práticas Integrativas e a urgência de um debate mais qualificado sobre o tema.
O Que São Práticas Integrativas e Por Que São Tão Relevantes?
As Práticas Integrativas englobam métodos como acupuntura, homeopatia, psicanálise, fitoterapia e medicina tradicional chinesa, entre outras abordagens. Embora algumas pessoas as tratem como “alternativas”, a OMS reconheceu, ainda na década de 1970, que essas práticas são eficazes em melhorar indicadores de saúde pública, especialmente em comunidades específicas.
Esse reconhecimento é respaldado por evidências epidemiológicas e estudos científicos robustos, embora ainda existam lacunas de conhecimento a serem preenchidas. É importante destacar que as Práticas Integrativas fazem parte de uma medicina complementar que busca atuar precocemente na prevenção de doenças, reduzir custos e oferecer intervenções de baixo risco.
Os Ataques às Práticas Integrativas
A coluna de ciência mencionada, em vez de informar de forma equilibrada, optou por um discurso carregado de desrespeito. As práticas foram equiparadas a pseudociências e negacionismo, uma estratégia que ignora sua base científica e desvaloriza a experiência de populações que as utilizam há milênios.
A autora do artigo ignora que a ciência é um campo em constante evolução, onde grandes avanços costumam nascer da quebra de paradigmas. O uso de argumentos simplistas para nivelar diferentes técnicas terapêuticas por baixo é uma abordagem que distorce o debate e confunde o público, comprometendo a credibilidade do próprio veículo de comunicação.
Práticas Integrativas no Brasil: Uma Conquista Social e de Saúde Pública
No Brasil, a inclusão das Práticas Integrativas no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em 2006, foi um marco. Essa política possibilitou que técnicas como acupuntura, fitoterapia e práticas tradicionais indígenas e quilombolas estivessem acessíveis a toda a população, e não apenas à classe média alta que podia pagar por serviços privados.
Os benefícios são evidentes:
- Baixo risco e baixo custo.
- Atuação precoce na prevenção de doenças.
- Fortalecimento do princípio de integralidade no SUS.
- Redução de custos médicos mais complexos.
Essa política representa um avanço na inclusão social e na democratização do cuidado à saúde, oferecendo às pessoas a liberdade de escolha em relação ao tipo de tratamento que desejam seguir.
O Papel da Ciência no Debate
Uma ciência bem fundamentada deve aceitar a complexidade da saúde e respeitar a diversidade de abordagens. Pesquisas indexadas em bases como o PubMed já contam com mais de 46 mil artigos científicos sobre temas como acupuntura, homeopatia e ayurveda, o que reforça que essas práticas não podem ser descartadas como “charlatanismo”.
A ciência cartesiana, que se limita a métodos puramente quantitativos, é insuficiente para compreender questões emocionais e complexas da saúde. Assim, reduzir práticas integrativas a pseudociência não só é desinformativo, como também desrespeita o esforço de pesquisadores que trabalham para preencher essas lacunas.
Conclusão: O Caminho para a Informação de Qualidade
Vivemos tempos delicados em relação à circulação de informações, e combater Fake News no campo da saúde é um compromisso ético. É essencial que veículos de comunicação promovam debates fundamentados, com especialistas qualificados, e valorizem a pluralidade de perspectivas.
As Práticas Integrativas não são uma ameaça à ciência, mas sim um complemento valioso para promover uma saúde mais holística, acessível e integral. A crítica vazia e o discurso desrespeitoso não servem à democracia nem à verdade científica.
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